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domingo, 26 de fevereiro de 2012

Queda de cabelo pós cirurgíca

A cirurgia bariátrica é um procedimento que vem sendo cada vez mais praticado por conta do aumento dos índices de pacientes que desenvolvem obesidade acompanhada de elevado risco para a saúde.
Erros alimentares e problemas metabólicos são os maiores fatores de risco para o aparecimento da obesidade e consequentemente para o avanço nos números de pacientes operados.
É fato, em virtude de diversas publicações da literatura, que pacientes que passam por cirurgia bariátrica podem desenvolver perda de cabelos. Apesar de se conhecer a elevada incidência deste problema em pacientes bariátricos, nunca foi feita uma avaliação rigorosa e minuciosa de dados sobre a queda capilar nestes pacientes.
Durante os anos de 2005 a 2008 avaliamos no Hospital das Clínicas da Universidade de São Paulo um grupo de 50 pacientes do sexo feminino com idade média de 47,2 anos tendo 38 delas realizado Derivação Gástrica em Y de Roux, 5 pacientes que passaram por Duodenal Switch, 3 pacientes que foram tratadas com balão gástrico e 4 pacientes que colocaram banda gástrica.
Nestas pacientes foram realizadas anamneses, exames físicos, e o exame de tricograma antecedendo a cirurgia e bimensalmente após a cirurgia até o 12o. mês de pós-operatório.
Foi percebido no exame de tricograma que todas as pacientes apresentaram aumento dos cabelos na fase de queda capilar (telógenos), no período que se seguiu à cirurgia independente do método utilizado. Em geral estes cabelos devem estar presentes em até 20% na amostra de fios coletada de cada paciente. O pico de queda capilar se deu entre o 2o. e o 4o. mês após a cirurgia quando a média de cabelos na fase telógena ficou pouco acima de 37%. No 6o. mês a porcentagem de cabelos na fase telógena caiu para 25% voltando à normalidade na avaliação realizada no 8o. mês.
Mesmo sendo dados iniciais, ficou claro que os procedimentos para redução de peso estudados podem promover quedas capilares elevadas independente do método.
Apesar desta queda ser aguda e de curta duração há queixas no ambulatório de cirurgia bariátrica do HC-FMUSP de pacientes com tempo de pós-operatório maior que 12 meses que vêm relatando manutenção do quadro de queda capilar. Esta mesma amostra está sendo seguida em avaliações bimensais no sentido de coletarmos mais dados sobre variações de queda capilar que possam vir a ocorrer no período que se segue ao 12o. mês de pós-operatório.
Caso realmente ocorra, os dados referentes às ja confirmadas quedas agudas e às possíveis quedas crônicas relacionadas às cirurgias para redução de peso terão grande importância para a definição de uma estratégia que tenha como objetivo prevenir ou tratar o problema.

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